segunda-feira, novembro 02, 2009

Prosperidade Maligna


Leitura Recomendada: Jeremias 22.13-23

Jeremias, o profeta, verbaliza uma sentença contra o rei Jeoaquim, então rei de Judá. O oráculo tinha um peso. A deflagração do viver luxuoso, egoísta de um rei que ao contrário do seu pai, Josias expandiu e embelezou o seu palácio a custo de trabalhos forçado e não remunerados retamente.
A opressão era a sua insígnia. Por isso o profeta declara "Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito; que se vale do serviço do seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário" Na opulência nobre de um rei egocêntrico existiam pessoas sendo massacradas por conta do famigerado poder. A história sempre testemunhou tais casos, quando a soberbia de poder gera pisamento e massacre ao mais fraco.

Enquanto o rei preocupara-se com casas extremamentes confortáveis de modo que competiria com o cedro na sua beleza estética e arquitetônica da época, o pobre e o injustiçado estava à mercê do caos que se extendia em todo o reino...Contrastando com o pai, no qual a sua edificação era o exercitar o juízo e a justiça de forma que tudo sucedia bem...

E Deus então interpela a mais pertinente de todas as questões para um rei " Julgou a causa do aflito e necessitado; então lhe sucedeu bem; porventura não é isto conhecer-me? diz o SENHOR. Para Deus, O conhecê-lo é tão somente abrigar em nosso seio o julgamento justo para o aflito e pobre.

Jeoaquim não conhecia Deus. Conhecia o Poder, a ganância e a violência. A sua prosperidade portanto era maligna, pois desconhecia o valor do próximo. Toda riqueza que se esbanja em detrimento dos desvalidos, é absolutamente maligna. É o próprio diabo.

O pior de tudo, o que hoje vemos, é essa corrida de meios para fins gananciosos das mais variadas expressões sendo religiosa, política e ideológica. A prosperidade maligna gera uma surdez espiritual. Deus fala e ele não ouvirá nunca, portanto tapou os ouvidos para o clamor dos pobres, cerrou os ouvidos a Deus. "Falei contigo na tua prosperidade, mas tu disseste: Não ouvirei. Este tem sido o teu caminho, desde a tua mocidade, pois nunca deste ouvidos à minha voz".

Que Deus nos guarde da teimosia gerada pelo poder volúpio e da surdez ante a sua voz...E que nos livre de toda prosperidade que deflagra o bem do meu próximo...

Com carinho,

Mário Celso

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