terça-feira, novembro 24, 2009

Uma Pergunta Indevida. "Não entendi..." (Atos 1)


Fico imaginando a presença de Cristo depois de ressurreto juntamente com os seus discípulos, comendo com eles, num espaço de quarenta dias...Que maravilha de Palavra, é ter ouvido Jesus ressuscitado falando acerca do Reino de Deus, preparando-lhes para todas as investidas que logo aconteceria.

Fico pensando também a Sua ordem de ficar em Jerusalém para o recebimento da Promessa do Pai, ao derramar abundantemente o Seu Espírito sobre todos os seus. Diante de toda aquela exposição de Cristo para o prosseguimento e expansão do Reino de Deus, isso com dunamis ( virtude, poder), havia ainda questionamentos em respeito a ordem escatólogica de Israel. O poder do Espírito se daria num "derramar" sobre a vida pessoal e dinâmica dos discípulos, porém existia ainda fragmentos de uma "destronação" política em face do poderoso império político e econômico sobre os seguidores judeus...

Dai veio a pergunta indevida, fora das cogitações e pensamentos divino. " Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Não haviam entendido nada! Jesus estava falando de poder espiritual (dunamis) com repercussão reinante do evangelho em corações...Mas neles haviam uma outra busca interesseira de poder (exousia), poder esse que pertence exclusivamente ao Pai.

Hoje não é diferente, a busca por exousia em detrimento do dunamis. Uma fala de poder espiritual, enquanto a outra jurisdição, autoridade, direitos, influência delegada, potestade. Todos que tem exousia não necessariamente possui dunamis. Porém o que se reveste de dunamis poderá ainda que de forma subjetiva e não deliberada exercer exousia. Mas isso não é regra geral.

O propósito divino porém é sermos "cheios do Espírito", sem cogitarmos sobre o futuro político de reino e nações!

Somente é cabível a nós o que é designado um viver pleno com Deus e a expansão do seu Reino. Ao Pai compete aquilo que não está ao nosso alcance. Deixe as épocas e tempos ao crivo e mediação divina. A nós, o viver da presente época e estação é frutificarmos no Seu Reino de Amor.

Com Amor,

Mário Celso

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